“Memórias”, foi este o desafio lançado às 10 IPSS’s participantes nesta 9ª edição do encontro de teatro sénior “Bengal’arte”, promovido pela Santa Casa da Misericórdia de Oliveira do Bairro, que se realizou no passado dia 27 de novembro.

Os participantes foram recebidos ao som do acordéon do Sr. Vitor Pinto, presença habitual nestas atividades, e presenteados com memórias das 8 edições anteriores, dando, desta forma, o mote desta edição para os presentes.

A primeira peça, “AS 13 MARIAS E O AMOR”, num formato de teatro-dançante, brilhantemente interpretada por um grupo de artistas seniores da SOLSIL, da Amper e da AFA de Fermentelos. As 13 Marias, amigas desde os tempos idos da infância, desfilaram memórias de momento vividos, com coreografias que interpretavam ao som de diferentes músicas integradas na história.

“Quando a velhice bate à porta”, foi o tema da interpretação do grupo de idosos do ABC de Bustos, do Centro Social e Paroquial São Pedro da Palhaça e do Centro Social e Paroquial São Pedro de Nariz. A velhice, personificada numa personagem carrancuda e infeliz, foi visitar um grupo de amigos a envelhecer. Durante a mesma, foi desfilando críticas a tudo quanto faziam e que os fazia sentir bem, felizes, tudo o que fugia da imagem tradicional de envelhecer… De uma forma animada, chamaram a atenção para a importância de envelhecer com qualidade e sentido de vida, com felicidade em que se valorizam as memórias, o sentido da amizade e do amor, seja qual for a idade em que acontece.

O Centro Ambiente Para Todos presenteou-nos com a peça “Caixa de memórias”, onde a avó, através de um álbum de fotografias, contou à neta as suas memórias de juventude, de amizades vividas, do seu oficio de costureira e dos vestidos que fez. A neta, com a sua curiosidade e interesse no baú de recordações da avó, fez esta idosa reviver com felicidade as imagens do passado.

O último grupo de artistas a subir ao palco foram os seniores do Centro Social de Oiã, da Sóbustos e da Santa Casa da Misericórdia de Oliveira do Bairro com a peça “Desfolhar de memórias” que recriou, recordou e reviveu as memórias do ambiente que era vivido nas desfolhadas, com gestos, brincadeiras, jogos, quadras, cantos e costumes de outros tempos, como por exemplo, quando se encontrava a espiga vermelha.

Foi uma tarde abrilhantada pela prata da casa, com a atuação de um grupo de crianças do pré-escolar, da colaboradora Fernanda Carmo e do Engenheiro Manuel Borras que nos deram momentos musicais animados e de muita qualidade.

Mais uma vez, esta atividade só foi possível graças à resposta positiva das diferentes instituições ao desafio que foi lançado e à ajuda dos colaboradores que participaram/colaboraram de forma extraordinária.

No final, o Sr. Provedor agradeceu a todas as instituições presentes, referindo que estes momentos de convívio e de trabalho conjunto são muito ricos e tornam a vida dos seniores muito mais feliz.

Uma tarde excecional onde os idosos mostraram que, independentemente da idade e das limitações, têm muito para dar e conseguem libertar o seu sentido de humor, através das artes.

Foi uma atividade revigorante e motivadora que já nos leva a sonhar com a X edição e a integrar no livro de memórias mais esta edição repleta de sorrisos e de boas prestações artísticas. A verdade é que a criatividade e a diversão não têm limite de idade.

Um Bem-Haja a todos por mais esta tarde bem passada!